Para se chegar a um valor final de venda de um imóvel diversas variantes são levadas em conta. A composição do preço ao consumidor - aquele que se paga por um novo apartamento, por exemplo - é feito de uma equação que computa muitos fatores, diretos e indiretos.
Localização, preço do terreno, insumos, mão de obra, porcentagem de corretagem, lucro, entre outros itens compõem a estrutura de valor de um empreendimento. O melhor equilíbrio de todos esses fatores faz com que um imóvel tenha menor preço e se valorize ainda mais.
Recentemente, o Núcleo de Real Estate da Poli-USP realizou estudo no qual os atuais preços altos das unidades têm relação direta com custos com os empreendimentos. Mesmo com o desconto da inflação do setor, essa alta vem desde 2005. Isso, em âmbito nacional.
De certa forma, é possível tirar uma conclusão dessa análise, a valorização pode ter sido grande, mas os custos que empreendedores tiveram e têm com um lançamento também é alto. Mas, ainda assim, imóvel é um bom negócio.
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De acordo com o estudo do Núcleo, do segundo semestre de 2007 até o primeiro de 2011, havia uma especulação maior, pois os preços não eram tão maiores que os custos - se achava que poderia subir no meio da construção e já se cobrava por isso. De 2011 para cá, com a alta principalmente do metro quadrado de terreno, o aumento é real e são repassados no valor final.
Ou seja, o estudo apontou uma percepção que o mercado vem tendo há anos: os preços dos terrenos vêm aumentando, o que provoca uma alta no valor final do imóvel. De acordo com agentes que atuam no setor, isso não refletirá uma desaceleração no volume de lançamentos, mas um freio em uma espécie de equilíbrio nos valores nos próximos anos. É esperar para ver.