O novo Terminal Itaquera de ônibus não é uma novidade. As obras foram iniciadas em 2014 e, após serem paralisadas e até suspensas, foram retomadas em 2021. A novidade é que em janeiro deste ano, a primeira etapa foi concluída. Segundo a prefeitura de São Paulo, a entrega completa vai beneficiar mais de 430 mil pessoas na região da Zona Leste. No entanto, não são apenas os moradores atuais que ganham tempo e agilidade com o novo terminal de ônibus; a região também é valorizada para o setor imobiliário, atraindo novos empreendimentos.
Imagem: divulgação/prefeitura de São Paulo
A Zona Leste de São Paulo vem recebendo uma série de investimentos em infraestrutura que estão redefinindo seu cenário urbano e econômico. A recente conclusão da primeira fase das obras do Terminal Itaquera é um bom exemplo disso. Essa etapa ampliou o terminal existente, incluindo uma passarela que conecta o local ao Metrô, à CPTM, ao Poupatempo e ao Shopping Itaquera. Além disso, foram instaladas duas escadas rolantes, uma escada fixa, um elevador e recursos de acessibilidade, melhorando o fluxo diário de aproximadamente 35 mil passageiros.
A previsão de conclusão, segundo a Prefeitura de São Paulo, é para janeiro de 2026, quando o projeto visa aumentar a capacidade de atendimento de 35 mil para 52 mil passageiros diários e adicionar 11 novas linhas de ônibus, facilitando a integração com o Metrô e a CPTM - Linha 3 - Vermelha do Metrô (Corinthians/Itaquera) e a Linha 11 - Coral da CPTM.
O projeto também prevê cerca de 500 vagas para veículos e 12 elevadores panorâmicos, proporcionando uma infraestrutura moderna e funcional para os usuários.
No planejamento, estão previstas 3 fases. Confira:
Ampliação do terminal existente: etapa concluída.
Construção de um novo terminal ao lado do existente: obras em andamento e avançando com serviços de escavação, fundações, execução de pilares e estruturas de concreto sendo erguidas.
Interligação dos terminais: última fase, que inclui a instalação de uma estrutura metálica e uma membrana de conexão entre os dois terminais.
A presença da Universidade de São Paulo (USP) na região, por meio da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), também contribui para a valorização da região.
A USP Leste oferece mais do que educação para estudantes locais e que vêm de outros municípios e estados. Sua presença influencia positivamente o comércio local e o mercado imobiliário. Assim, a instituição contribui para o desenvolvimento socioeconômico e cultural da região.
Um polo educacional é positivo em vários aspectos, não há dúvida. Especificamente em relação ao mercado imobiliário, esse tipo de infraestrutura também atrai novos empreendimentos imobiliários para além dos tradicionais conjuntos habitacionais da Cohab. Afinal, estudantes, professores e outros funcionários da instituição têm interesse em residir próximo ao local.
Há diversos lançamentos e imóveis novos na Zona Leste. Conforme observamos no portal ZL Imóvel, do grupo SP Imóvel, diversos lançamentos estão em destaque na região. O "Madre 914 Mooca", por exemplo, oferece apartamentos de 1 a 3 quartos, com áreas que variam de 25 a 245 m², localizado próximo à Avenida Paes de Barros. Outro empreendimento, o "Marka Vila Ré", disponibiliza unidades de 2 quartos com até 36 m², situado na Vila Ré e enquadrado no programa Minha Casa Minha Vida. Esses lançamentos refletem a diversidade de opções habitacionais que atendem a diferentes perfis de moradores.
Atualmente, podemos observar uma mudança positiva na Zona Leste, que conta com lançamentos residenciais de alto padrão, indicando um processo de valorização imobiliária.
Ou seja, a combinação de investimentos em infraestrutura de transporte, da presença de instituições de ensino renomadas como a USP e da chegada de novos empreendimentos imobiliários impulsiona a valorização da Zona Leste de São Paulo, beneficiando moradores, comerciantes e investidores.
Referências: