O nome do bairro é uma homenagem ao neto do Conde Francisco Matarazzo. Em 1926, com a chegada da ferrovia e a implantação da estação de trem na região, tem início o desenvolvimento local. A implantação de uma unidade das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, das Indústrias de Embalagens Cisper e da Metalúrgica Badoni ATB incentivou o rápido povoamento da região e o aparecimento dos primeiros núcleos comerciais, com o Jardim Berlim, conhecido atualmente como Jardim Belém.
A rápida industrialização também influenciou a ocupação de outras áreas da região. Entre 1930 e 1950, a região onde é hoje o distrito de Ponte Rasa foi ocupada por chácaras de imigrantes italianos e portugueses. A primeira corrida rumo ao leste ocorreu a partir do ano de 1941, quando foi inaugurada uma fábrica das Indústrias Matarazzo, a Celosul. No entanto, o processo de industrialização da região não se expandiu por muito tempo. A implantação de indústrias ao longo da ferrovia sofreu estagnação em função das empresas preferirem regiões atendidas por rodovias, principalmente a Dutra e a Anchieta.
Essa mudança de tendência alterou radicalmente o perfil da região. O perfil industrial deu lugar a estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços. Hoje, as indústrias representam 17%, o comércio 49% e os serviços 34%.
Com 15,1 km² de extensão, a Subprefeitura Ermelino Matarazzo é composta pelos distritos Ermelino Matarazzo, com 8,7 km², e Ponte Rasa, com 6,4 km². Localiza-se na região leste do município de São Paulo e faz divisa, ao norte, com o município de Guarulhos.
O bairro chegou a passar por um processo de desindustrialização, em razão de bairros próximos oferecerem terrenos mais baratos. Com a construção da Rodovia dos Trabalhadores, atual Rodovia Ayrton Senna, do campus Leste da Universidade de São Paulo (USP Leste) e com a proximidade do Aeroporto Internacional de Cumbica, o bairro voltou a receber indústrias, sobretudo químicas, que continuam funcionando na região.
Predominam como atividade econômica da região o comércio e os serviços, concentrados, sobretudo nas avenidas São Miguel e Boturussu, Paranaguá e Prof. Antônio de Castro Lopes, Olavo Egídio de Sousa Aranha, entre outras.
Suas divisas são: o município de Guarulhos ao norte, o distrito de São Miguel à leste, o distrito de Vila Jacuí ao sul e o distrito da Penha à oeste. A principal carência da região é a de empregos, 97% da população não trabalham no distrito, o que faz com que haja grande necessidade de locomoção por parte desses trabalhadores, e deem ao bairro o aspecto de "bairro-dormitório".
Ali vivem 200 mil habitantes, 18,45% deles em favelas; o rendimento médio dos chefes de família é de R$ 815,91, bem abaixo da média da Capital, de R$ 1.325. Os principais problemas da Região são a necessidade da canalização de córregos, recapeamento das vias, regularização e urbanização das áreas ocupadas irregularmente.
Ermelino Matarazzo em números
Subprefeitura: Ermelino Matarazzo
Bairros de Ermelino Matarazzo: Ermelino Matarazzo, Jardim Aidar, Jardim Belém, Jardim Matarazzo, Jardim Metropolitano, Jardim Verônia, Vila Císper, Vila Paranaguá, Vila Ponte Rasa e Vila Robertina
Estimativa Populacional: 200 mil
Densidade: 12,280 hab./km²
Renda média: R$ 815,91
Conhecendo o bairro
Difícil destacar uma única rua no bairro como a principal. Ermelino Matarazzo tem ruas e avenidas que possuem seus pontos fortes, desde a Boturussu, passando pela Prof. Antônio de Castro Lopes e a Olavo Egídio de Sousa Aranha. Mas uma pode ser apontada como a de maior volume de trânsito, seja de pessoas ou de carros. É nela também que está o principal comércio do bairro: a Avenida Paranaguá. Aberta entre finais da década de 1940 e início da década de 1950, esta avenida é parte da "Vila Paranaguá", que foi loteada pela "Empresa Territorial Paranaguá S/A". Entretanto, não podemos desconsiderar o fato de que o nome da empresa e da avenida é, também, uma referência à cidade de Paranaguá, localizada no Estado do Paraná. "Grande mar Redondo", na língua Tupi, o povoamento de Paranaguá teve início por volta de 1550, na ilha da Cotinga. Duas décadas depois, os pioneiros, à frente Domingos Peneda, natural de São Paulo, considerado o fundador da povoação, conquistaram a margem esquerda do rio Taguaré, habitada pelos índios Carijós. Em 1935 Paranaguá ganhou o porto D. Pedro II, que mudou o perfil econômico da região, sendo hoje considerado o segundo maior em volume de exportação e o primeiro da América Latina em movimentação de grãos
Fontes: site da Prefeitura de São Paulo e Wikipedia
Elaborado por: Marco Barone (barone.noticias@spimovel.com.br)