O Brás, sem dúvida alguma, é notório pelo seu comércio. O segmento residencial não é o forte na região, tanto que o último Censo, em 2010, mostrou que o número de moradores caiu com relação a 2000. A queda foi de 46,7%, ou 25.832 moradores a menos. Em contrapartida, a cada ano, os números do comércio e de pessoas (lojistas, vendedores e público comprado) só aumentam.
O interessante é perceber que o cenário percebido no Censo vai contra a história da formação do bairro. Na passado, o Brás foi altamente habitado por funcionários de indústrias que se instalaram lá, como a Matarazzo. O bairro deixou de ter habitações regulares para ser povoado por subabitações, como cortiços.
Mas esse cenário, ao que parece, está com os dias contatos. Em razão dos muitos terrenos e casas antigas, o mercado vê enormes perspectivas. A Prefeitura também está fazendo sua parte para atrair compradores, incorporadoras, por meio de obras públicas. Os atrativos do bairro são muitos: terrenos mais baratos, boa infraestrutura de transporte público, proximidade com o centro e projetos de revitalização.
Aos poucos, o Brás começa a mudar seu perfil e poderá ser opção para o mercado. Quem anda pelo bairro já percebe alguns empreendimentos, ainda distantes da área comercial (se bem que esses imóveis estão bem avaliados e com grande procura). Levantamento da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) aponta que de 2008 a 2011 houve cinco lançamentos no bairro.
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O bairro, segundo o setor, viverá, nos próximos anos, por círculo virtuoso e mudará positivamente. A indústria imobiliária terá sua parcela de responsabilidade, no bom sentido. O mais importante é comprar logo no começo, pois a valorização fará com que os preços fiquem majorados.