Sapopemba é um dos bairros mais populosos da cidade. É a região que mais cresce em São Paulo e que tem recebido grandes investimentos de construtoras, porém não tem os mesmos cuidados quando o assunto é a proteção dos passageiros que aguardam ônibus nos pontos. E Sapopemba é o bairro que menos abrigos recebeu em toda a cidade: somente um.
Eles são bonitos, eficientes, aptos para receber anúncios dentro das novas regras da Cidade Limpa, inclusive de lançamentos, mas os bairros da zona leste, ainda, não são vistos como importantes e em pleno crescimento econômico, pelos menos pela empresa que administra a distribuição.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Obras (SPObras), a maioria dos novos pontos, com mais conforto para quem espera, fica em regiões mais valorizadas, como Moema, Perdizes e Pinheiros. Avenidas mais movimentadas também superam as regiões periféricas.
Interessante é perceber que o perfil do usuário dos transportes coletivos mudou, principalmente na zona leste. Hoje, as classes C e D, fortes na região e em toda a cidade, são os principais compradores de imóveis na zona leste e a maioria dos passageiros dos ônibus.
Enquanto Moema, na zona sul, recebeu da concessionária recebeu 23 instalações, Sapopemba, que tem a maior avenida da cidade é o segundo mais populoso da Capital, só teve um novo abrigo. Exatamente na Avenida Sapopemba, número 6.487. Para comparar, a Avenida Sumaré, em Perdizes, tem cinco novos pontos. Os critérios não são claros, mas não têm qualquer relação com o número de usuários ou total de imóveis na região. Talvez o poder aquisitivo influa...
O bairro de Sapopemba, localizado na zona leste de São Paulo, é uma região em pleno crescimento econômico que, no entanto, não tem recebido a devida atenção quando se trata da proteção dos passageiros que aguardam ônibus nos pontos. Enquanto bairros mais valorizados e avenidas movimentadas recebem novos abrigos com maior conforto, Sapopemba, mesmo sendo o segundo bairro mais populoso da capital, conta apenas com um abrigo. O perfil dos usuários dos transportes coletivos na zona leste tem mudado, sendo as classes C e D os principais compradores de imóveis e passageiros de ônibus. Os critérios para instalação de novos abrigos não parecem estar relacionados ao número de usuários ou de imóveis na região, levantando questões sobre a distribuição desigual de serviços públicos.